Levantamento da consultoria IDados aponta Maranhão como terceiro pior em evasão escolar | Maranhão Hoje – MARANHÃO Hoje- Notícias, Esportes, Jogos ao vivo e mais

Seminário discute perspectivas para setor educacional

Levantamento do IDados Consultoria, que realizou um diagnóstico da Educação do Maranhão, aponta que a situação no estado é preocupante e deve se agravar com a evasão escolar provocada pela pandemia, aliada às altas taxas de reprovação. Segundo o levantamento, as perdas progressivas de alunos no Ensino Médio no 1º ano, chegam a 11,2%, já no 2º ano beiram aos 10,1% e no 3º ano estão em 7%.  

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (02) no encontro “Perspectivas para a Educação no Maranhão”, coordenado pelo ex-deputado federal Gastão Vieira e que teve o objetivo de analisar os resultados de performance da educação no Estado do Maranhão, examinar alternativas para dar um salto de qualidade, engajar a sociedade e estimular demais “players” interessados em promover o avanço do sistema educacional no estado.

Os números evidenciam o despreparo para o mercado de trabalho, as perdas ainda são maiores no ensino médio técnico e a distorção idade-série muito maior que na rede privada. Ainda segundo o levantamento, as notas do Maranhão são parecidas com a média nacional de 2009 e o desempenho do ensino médio e o Estado ocupa o terceiro pior no ranking dos estados.

O encontro ocorreu no auditório do Colégio Dom Bosco e contou com a participação de Mariana Leite e Thais Barcellos, do Instituto IDados; João Batista Oliveira, do Instituto Alpha e Beto; e Rafael Lucchesi, diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e diretor de Educação e Tecnologia da CNI que abordou o tema “Saídas para o ensino médio”.

Lucchesi destacou que um a cada três jovens não finaliza o Ensino Médio, o que  dificulta sua inserção no mercado de trabalho e os custos sociais e econômicos altamente elevados.

“Temos no país 7 milhões dos jovens com idade entre 15 e 24 anos que não trabalham e nem estudam, isso representa 33,8% da população nessa faixa etária”, enfatizou Lucchesi enfatizando os desafios da educação no país.

Lucchesi ressaltou ainda que os sérios impactos educacionais da população, a evasão escolar traz um custo para o Brasil  de R$ 220 bilhões de perda total anula para o país, o que equivale a 3,3% do PIB anual.

De acordo com dados do Observatório Nacional do Sesi/Senai/IEL com base no anuário da Educação Básica, 89% das matrículas do Ensino Médio são de formação geral com foco na preparação para o ensino superior e apenas 21,5% dos jovens de 18 a 24 anos chegam na universidade, já para o ensino de formação técnica esse número reduz para 11%.

O superintendente do Sesi-MA, Diogo Lima participou do Seminaário

Novo ensino médio – Segundo Lucchesi, o novo Ensino Médio abre a oportunidade para integrar o mundo da educação e do trabalho, inspiradas na Base Nacional Comum Curricular. Isso pode contribuir para a diminuição dos elevados índices de repetência e evasão no Ensino Médio, precisam estar sintonizados com a complexidade e dinâmica do mercado de trabalho, devem utilizar de forma eficiente e coordenada a rede educacional, pública e privada.

A proposta do Novo Ensino Médio surgiu após a percepção da estagnação dos índices de desempenho dos estudantes brasileiros. Além disso, entre as etapas da educação básica, o ensino médio é a que tem as maiores taxas de abandono, reprovação e distorção idade-série (atraso escolar de dois anos ou mais).

Nova lei de Fundeb –  A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei que adia para 2024 a definição de novos índices para rateio dos recursos do Fundeb quanto ao valor anual por aluno entre etapas, modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de ensino.

O texto aprovado foi substitutivo do relator, do ex-deputado Gastão Vieira  também aprovou uma emenda para incluir as escolas do Sistema S entre aquelas cujas matrículas poderão ser consideradas para fins de rateio dos recursos do Fundeb, no Ensino Médio.

Essa nova legislação permite as entidades do Sistema S (por exemplo SESI e SENAI) façam parcerias com Estados e municípios para ofertarem vagas de educação básica e profissional com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

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