Compras de caminhões de lixo também serão esclarecidas
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quarta-feira (23) com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira. Ele foi convidado para prestar esclarecimentos sobre denúncias de compra de caminhões de lixo com sobrepreço.
Também participará da reunião o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Andrade Moreira Pinto. Ele vai esclarecer denúncia da imprensa sobre supostas irregularidades em repasses de recursos federais realizados pela empresa pública em contratos de asfaltamento na cidade de Imperatriz, na região tocantina maranhense.
A comissão também convidou o superintendente regional da Codevasf em Goiás, Abelardo Vaz Filho, para prestar esclarecimentos sobre a aquisição e doação de equipamentos e execução de obras na modalidade de execução direta pelo órgão. Ele ainda não confirmou presença.
Denúncias – O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que pediu o debate, afirma que o jornal O Estado de S. Paulo noticiou em maio deste ano que recursos do chamado “orçamento secreto” teriam sido destinados para a compra de caminhões de lixo para diversos municípios brasileiros, chegando-se a praticar sobrepreço de R$ 109 milhões para a aquisição dos veículos.
Já a Folha de S. Paulo, continua o parlamentar, informou que a Codevasf teria beneficiado empresas de infraestrutura em obras de asfaltamento sob sua responsabilidade, por meio de cartel que poderia resultar em afastamento da concorrência nas licitações públicas com o consequente desvio de recursos públicos na casa de R$ 1 bilhão.
Outra notícia, do site O antagonista, informa que a Codevasf investiu mais de R$ 6 milhões em duas obras que se tornaram “elefantes brancos” em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão.
Para Aureo Ribeiro, as três denúncias são “fatos de elevada gravidade”, e cabe à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle “envidar esforços para que os esclarecimentos sobre o conluio fraudulento sejam prestados, de maneira a coibir eventuais desvios de recursos públicos”.
(Agência Câmara de Notícias)