Delegados de polícia deixam de trabalhar fora da jornada normal, mas negam greve – MARANHÃO Hoje

Associação diz que polícia civil não está em greve

Em nota divulgada nesta quinta-feira (16), a Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL-MA) informou que a categoria decidiu por unanimidade não trabalhar mais fora do expediente normal e da jornada semanal. A entidade apela para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público encampem esta campanha, pois visa a melhorar os serviços de segurança pública no estado,

Na nota, a entidade nega que a policia civil esteja em greve, estando sendo adotada apenas esta reivindicação dos delegados, que alegam virem custeando do próprio bolso despesas em deslocamentos a trabalho.

“Nos deslocamentos de final de semana – pelos 217 municípios para trabalho em plantões de 72 horas extenuantes – toda despesa com transporte, estada e alimentação sempre foi paga do bolso dos delegados, quando tal obrigação é do Estado”, diz a nota, que segue, na íntegra, abaixo:

Nota à sociedade maranhense

A Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL-MA) vem a público esclarecer que a Polícia Civil NÃO SE ENCONTRA EM ESTADO DE GREVE, NÃO HÁ QUALQUER RESTRIÇÃO A ATENDIMENTO AO PÚBLICO OU QUALQUER OPERAÇÃO PADRÃO EM ANDAMENTO. Toda atuação da Polícia Civil se encontra regular.

No entanto, Delegados de Polícia que durante anos sacrificaram suas vidas pessoais para contribuir com a gestão e, sobretudo, não deixar a sociedade sem atendimento, após deliberação da categoria, por UNANIMIDADE, decidiram não mais trabalhar fora de sua jornada de trabalho semanal regular e prevista em Lei, sobretudo a base de improvisos.

Aproveitamos para levar ao conhecimento de toda a sociedade que nos deslocamentos de final de semana – pelos 217 municípios para trabalho em plantões de 72 horas extenuantes – toda despesa com transporte, estada e alimentação sempre foi paga do bolso dos delegados, quando tal obrigação é do Estado.

Tais questões se esgotam e são previstas nas leis e regulamentos.

Lembrando que o recebimento de ocorrências policiais envolvendo a condução de pessoas devem ser analisadas de imediato por um delegado de polícia, como forma de garantir o direito do cidadão de não ser preso senão por ordem judicial ou em flagrante delito, este último caso, sob análise do delegado . Hoje, não raro o cidadão é jogado nas celas sujas e obrigado a pernoitar mesmo não tendo cometido crime algum, sendo liberado pela manhã.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público devem encampar essa decisão por se tratar da defesa da lei e da constituição, bem como das prerrogativas dos advogados de terem acesso aos seus clientes.

O sacrifício de outrora não se faz mais pertinente, tendo em vista a forma descortês e desimportante com a qual a categoria tem sido tratada pelo governo do Estado, muito embora estejamos confiantes que o Governador Carlos Brandão reúna todas as qualidades para resgatar a Polícia Civil desse quadro de falência e fazer valer o que estabelece a lei quanto ao trabalho dos Delegados de Polícia e de todo Servidor Público.

Diretoria da Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão

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