Abel Ferreira ensina treinadores como se ajusta equipes

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 11 (AFI) – Embora o foco da coluna seja o futebol de Campinas, há assuntos fora de nosso habitar que merecem ser destrinchados, um deles sobre o treinador português Abel Ferreira, vinculado ao Palmeiras, inquestionavelmente o melhor profissional do ramo no Brasil.

De fato Abel é intrigante, arrogante e, por vezes, intolerante.

Mas que o ‘homi’ enxerga bola rolando como poucos neste País é outra verdade.

ELENCO

Primeiro é a capacidade para montagem de elenco qualificado, com contratações pontuais irreparáveis.

Quando recomendou a busca do volante Richard Rios, no Guarani, sem que o Palmeiras desembolsasse valores astronômicos, sabia que ele se encaixaria no perfil de atletas para a posição, com capacidade singular para o desarme, aliada à chegada qualificada ao ataque.

A rigor, no time de Abel é abolido o chamado volante brucutu.

Evidente que jogador reserva de qualquer equipe é de qualidade inferior ao titular, mas no Palmeiras a diferença não chega a ser substancial, principalmente se a equipe fica desfalcada de poucos donos de posições.

APROXIMAÇÃO

O sábio estilo de aproximação de jogadores, marca registrada do treinador Fernando Diniz, do Fluminense, também faz parte do perfil de Abel Ferreira, com duas diferenças fundamentais.

Sair jogando para qualificar a saída de bola, sim, mas nem por isso colocar em risco a equipe em situação apertada.

‘Becaida’ do Palmeiras não se constrange em dar chutões, se a situação exigir.

Na possibilidade de saída de bola da defesa com toques curtos, a orientação é verticalizá-los, diferente da maioria que opta pela lentidão e toques sem progressão, o que possibilita recomposição rápida do time adversário.

RAFAEL VEIGA

Se clubes por aí relegam o chamado meia pensador, o Palmeiras conta com um que incorpora o estilo dos categorizados do passado, aliado à rapidez exigida pela atualidade, caso de Rafael Veiga.

A privilegiada visão de jogo dele possibilita que lançamentos para contra-ataques da equipe sejam mortais, quer acionando Breno Lopes, quer o garoto Endrik.

Veiga pega na bola como poucos, quer ela esteja em movimento, quer em lance dela parada em cobranças de escanteios e faltas.

O futebol dele ajuda a fazer a diferença neste time palmeirense.

JOGADAS DE FUNDO

Abel condicionou o time palmeirense à excelência em jogadas de fundo de campo.

Claro que vez ou outra a bola é ‘chuveirada’ à área adversária, mas nem é preciso assistir treinos dos jogadores para a clara percepção que se trabalha exaustivamente a bola de fundo, com passe rasteiro nas costas do zagueiros, visando a chegada mínima de dois jogadores para a finalização.

Além disso, uma segunda alternativa é a chegada de um ou mais jogadores nas imediações da área, para que recebam o passe bem do fundo de campo.

RECOMPOSIÇÃO

Não bastassem esses atalhos que o sábio Abel cavoca no ataque de seu time, quando de interceptações de jogadores adversários, a obediência tática do time palmeirense para recomposição defensiva é exemplar, para formação de forte bloqueio.

Portanto, time comandado por Abel Ferreira não se restringe a uma nota apenas, como ocorre com a maioria de outros clubes.

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