Campinas, SP, 20, (AFI) – A Sociedade Anônima no Futebol se tornou uma prática comum no futebol brasileiro, clubes como Cruzeiro Esporte Clube, Vasco da Gama, América Mineiro, Botafogo, Coritiba e Bahia aderiram ao modelo de negócio com o intuito de melhorar a gestão interna e alcançar melhores resultados dentro de campo.
Essa prática se tornou um avanço na gestão e inovação dos clubes que passaram a conquistar novos patrocinadores. Cláudio Klement, advogado especialista em direito desportivo e consultor explicou sobre o assunto:
“No início do século XXI, o futebol brasileiro passava por uma crise financeira, com clubes acumulando dívidas e enfrentando dificuldades para se manterem competitivos. Diante desse cenário, a SAF emergiu como uma alternativa, trazendo consigo a possibilidade de atrair investimentos privados para os respectivos clubes”, fala o especialista.
MUDANÇAS NO CENÁRIO ESPORTIVO: CASO DO ATLÉTICO-GO
Empreendedor no setor de Startups de Fintechs e Law Techs, onde já atuou como consultor executivo, Cláudio explicou sobre o caso do Atlético Goianiense:
“Essa mudança trouxe novas perspectivas de profissionalização da gestão e de geração de receitas, através da venda de direitos de transmissão, patrocínios e outras fontes de renda. Desde que foi criada pelo Congresso Nacional em agosto de 2021, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) virou um assunto recorrente no futebol brasileiro, com muitos clubes já aderindo ao formato e outros tantos se preparando para fazer a mudança do modelo associativo para clube-empresa”.
VALORES
Em cada estado há um valor estimado cobrado nas taxas:
“No Rio de Janeiro, onde a taxa é a mais elevada, conforme os valores revelados pela entidade, um clube inserido na série A1 do estado terá de desembolsar 500 R$ mil para realizar a transição para SAF. Já nos clubes que competem nas séries A2 e A3 do Campeonato Estadual, as taxas são respectivamente de 300 a 200 mil reais”, conclui o advogado.